Após mais de cinco anos de obras, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, espera reabrir suas portas em junho de 2024, com parte do acervo recuperado do incêndio que devastou o prédio histórico em 2018. A reconstrução custará cerca de R$ 445 milhões, dos quais 40% ainda precisam ser captados. A reinauguração completa está prevista para 2026.
Uma equipe de reportagem da TV Globo acompanhou o trabalho dos profissionais envolvidos na restauração do museu, que foi fundado em 1818 e abrigava mais de 20 milhões de itens. A fachada do edifício já recebeu réplicas das estátuas que adornavam o topo, mas o cenário interno ainda revela as marcas do fogo, que consumiu dois andares inteiros.
Os responsáveis pela obra decidiram preservar parte da destruição como forma de lembrar a tragédia e sua história. Algumas peças, como o meteorito Bendegó, que resistiu às chamas, serão expostas na primeira etapa da reabertura, na Sala Bendegó, que terá a pintura mural restaurada.
Durante as obras, também foram descobertos vestígios inéditos da construção original do museu, que foi erguida sobre uma rocha por pessoas escravizadas. Os arqueólogos afirmam que essa é uma informação importante para recuperar a memória do passado.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, assumiu o cargo pouco antes do incêndio e diz que tenta tirar o máximo de proveito da situação negativa. Ele afirma que o barulho da obra é um conforto e que o objetivo é resgatar questões positivas.


